● Elizeu Pires
Servidor da Secretaria Municipal de Esportes de Macaé desde janeiro de 2006, o ex-prefeito da cidade, Riverton Mussi, é alvo de várias ações por improbidade administrativa e poderá acrescentar mais uma em sua extensa folha corrida. É que o Ministério Público quer saber o que ele efetivamente faz na Prefeitura de Trajano de Moraes, para onde foi cedido em agosto pela gestão do prefeito Welberth Rezende.
Ofício nesse sentido foi enviado segunda-feira (13) ao governo de Macaé pelo núcleo local da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva, recomendado ao prefeito Welberth Rezende que apure “o desempenho das funções do ex-prefeito da cidade Riverton Mussi Ramos enquanto servidor do município”.
Com a função de técnico de esportes nível I A, o ex-prefeito aparece na folha de pagamento do mês de outubro da Prefeitura de Macaé com vencimento bruto de R$ 6.857,60. Antes de ser cedido ao município de Trajano de Moraes, Riverton esteve de 8 de janeiro a 11 de março de 2021 à disposição da Assembleia Legislativa com ônus para a Alerj, e de 25 de outubro de 2021 a 1 de julho de 2022 esteve cedido ao governo estadual.
A Promotoria apurou que Riverton Mussi, “foi constantemente designado para órgãos e postos de trabalho distintos em Macaé, chegando a ficar à disposição das secretarias de Esportes e de Cultura, sempre com designações flutuantes”, e que, “apesar da falta de registro de ponto em determinados períodos, não há notícia de qualquer desconto salarial”.
O que chamou a atenção do Ministério Público é o fato de o ex-prefeito ter sido encontrado em casa, na localidade de Glicerio, em Macaé, “no dia 19 de setembro de 2023, às 10h15min, ou seja, uma terça-feira, portanto, em tese, dia útil de trabalho”.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria