● Elizeu Pires
A história vem se repetindo desde 2017 em Duque de Caxias, município mais rico da Baixada Fluminense, e neste fim de ano não deverá ser diferente: funcionários terceirizados lotados nas unidades da rede municipal de Saúde sem o salario do mês de dezembro e sem o 13º, com, no máximo o vencimento de novembro no bolso, já que alguns deles ainda nem viram a cor dinheiro correspondente ao pagamento de outubro, situação em que se encontra uma parte dos contratados através da empresa Gaia Service, um velha conhecida do Ministério Público e da Justiça do Trabalho.
O atraso no salário paralisou nesta segunda-feira (18) o atendimento do Hospital Municipal do Olho e na Upa Parque Beiramar, cujos funcionários já estão cansados de reclamar, mas só são ouvidos quando cruzam os braços, como fizeram ontem, exemplo que poderá ser seguido por trabalhadores de outras unidades, e até o final do expediente não havia qualquer anúncio de pagamento.
Sucessora da Renascer Cooperativa de Trabalho (Renacoop), a Gaia Service Tech Tecnologia e Serviços que tem três contratos com a Prefeitura, dois com a Secretaria de Saúde e um com a Secretaria de Educação, com valores que passam de R$ 200 milhões. Só este ano a empresa já recebeu cerca de R$ 190 milhões dos cofres da municipalidade, o que não tem sido garantia de salário em dia pelo menos para o pessoal alocado na rede de Saúde.
Conforme comprovam documentos disponibilizados nos links a baixo, a Gaia recebeu R$ 16,4 milhões em janeiro, R$ 14,4 milhões em fevereiro, R$ 19,6 milhões em março e R$ 19,4 milhões em abril, R$ 9,8 milhões em maio, R$ 27,1 milhões em junho, R$ 18,3 milhões em julho, R$ 12,8 milhões em agosto, R$ 15,8 milhões, em setembro, R$ 20,1 milhões em outubro, R$ 12,6 milhões em novembro e R$ 2,3 milhões na primeira semana de dezembro.
*Espaço aberto para manifestação da Prefeitura e da Gaia Service
Documentos relacionados:
PG Gaia Service – janeiro 2023
PG Gaia Service – fevereiro 2023
PG Gaia Service – setembro 2023
PG Gaia Service – outubro 2023