Eleições em Caxias: Interesses iguais, discurso semelhante

Para atrair eleitores fanáticos Washington Reis deverá dizer nos palanques que é tão vítima como Bolsonaro

● Elizeu Pires

Graças a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, a Polícia Federal chegou até as vendas das joias sauditas que deveriam ter sido incorporadas ao acervo da Presidência da República, mas foram consideradas como presentes pessoais por Jair Bolsonaro, que acaba de ser indiciado.

A mesma delação apontou que durante a gestão do prefeito Washington Reis (foto) o sistema da Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias teria sido usado para fraudar cartões de vacinação de familiares do ex-presidente e do próprio delator. na campanha contra a covid 19.

Pois bem. Vieram as investigações e Washington é um dos alvos delas. Tanto que no dia 4 de junho foi feita uma operação de busca e apreensão na casa dele, oportunidade em que os agentes apreenderam cerca de R$ 200 mil em moeda nacional, euro e dólar. Reis ficou furioso. É como se sentisse acima da lei e que por isso mesmo não poderia ser investigado. Tanto é assim, que a exemplo do ex-presidente, o ex-prefeito está alegando para sua plateia de que é vítima de perseguição.

O discurso está na ponta da língua de um condenado a sete anos e dois meses  de prisão em regime semiaberto por crime ambiental, e que desde 2017 tem conseguido escapar da sentença por meio de recursos e mais recursos, está inelegível e tem outras broncas tramitando na Justiça, mas dizer isso, para ele é persegui-lo politicamente.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria

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