● Elizeu Pires

Não basta apenas o registro junto à Justiça Eleitoral para uma pesquisa de intenção de votos ser considerada séria. A metodologia aplicada tem de ser clara e o levantamento precisa estar dentro das regras. Recentemente o juízo da 201ª Zona Eleitoral, de Nilópolis, acatou representação do União Brasil e impugnou uma pesquisa realizada por uma ONG, que contratou a si mesma para realizar um levantamento, embora a instituição não possua a finalidade de realizar pesquisas.

Esta semana acendeu o alerta vermelho nos diretórios partidários da região, com o surgimento de empresas desconhecidas, se propondo a realizar pesquisas a preço de banana, até em cidades do tamanho de Nova Iguaçu por exemplo, quando uma pesquisa com a metodologia adequada, dependendo no número de eleitores a serem consultados, não é nada barato.

Em março, por exemplo, a Quaest, instituto de primeira categoria, fez pesquisas de intenção de votos em Belford Roxo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu. Os levantamentos foram encomendados pela Radio Tupi e custaram R$ 89.891,00, R$ 97.712,00 e R$ 97.711,00 respectivamente.

A desinformação sobre levantamentos de intenção de votos é tão grande na Baixada, que tem candidato se baseando até em números de enquetes feitas sem nenhum critério nas redes sociais, ignorando que dependo da forma em que essas consultas forem feitas uma mesma pessoa pode votar quantas vezes quiser.

O pior é que tem gente que acredita mesmo nessas ferramentas e comportam como se estivesse numa mesa de poker, jogando alto numa espécie de tudo ou nada, gerando uma euforia danada entre os marinheiros de primeira viagem que possam cercá-los. Preocupados com a desinformação e atentos ao estrago que pesquisas que vierem despertar suspeita possam fazer, um grupo de operadores do Direito Eleitoral, estão examinando com