E Rubão conseguiu o que queria… tumultuar o processo eleitoral para provocar um pleito suplementar

● Elizeu Pires

Desde o início do ano o elizeupires.com vem alertando para uma realidade que só os gênios da política de Itaguaí não estavam vendo: a estratégia do prefeito Rubem Vieira de Souza, o Dr. Rubão (Podemos), para tumultuar o processo eleitoral, insistindo em concorrer a um terceiro mandato consecutivo, atropelando a legislação.

Talvez apostando que a oposição ficaria dividida, o que de fato ocorreu, Rubão jogou para ser o candidato mais votado e ao mesmo tempo saber o tamanho exato de quem seria o principal adversário numa eventual eleição suplementar. Conseguiu.

Com 39,46% dos votos nominais ele ficou em primeiro lugar. Sua votação está com o status “anulado sub judice” e Itaguaí a alguns passos de um pleito suplementar, que vai acontecer se o recurso impetrado por ele contra sua impugnação for rejeitado em processo transitado em julgado, assim como já foram derrubados em duas instâncias.

Enfim, tudo parece ter sido calculado: sem prefeito declarado eleito até 31 de dezembro, quem assume o governo em 1º de janeiro é o presidente da Câmara, e esse pode muito bem ser um aliado de confiança, que sentado na cadeira de prefeito vai governando interinamente até uma definição no TSE, o que daria tempo suficiente para Rubão dar o segundo passo: já sabedor do tamanho do adversário mais forte (Donizete Jesus, que teve 28,24% dos votos), ele declararia apoio a alguém, possivelmente ao interino se esse lhe estiver agradando, e liquidaria a fatura na eleição suplementar.

Esse quadro está desenhado há meses, mas a oposição – que junta teve 51,94% da votação nominal e poderia ter liquidado a fatura no domingo –, marcou bobeira.

Matéria relacionada:

Itaguaí teme repeteco de Itatiaia, que por teimosia de prefeito inelegível teve três governos interinos e muita confusão

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.