● Elizeu Pires
O primeiro mandato de Renato Cozzolino Harb (PP) se encerrará em 31 de dezembro. Foi marcado pela tranquilidade reinante em relação ao comportamento da Câmara de Vereadores. O prefeito reeleito com quase 90% dos votos – a maior votação obtida por um governante em toda a história de Magé – navegou em mar de almirante e voou em céu de brigadeiro, tirando uma palavra ou outra do vereador Álvaro Alencar (PT), nada suficiente para uma marola ou causar turbulência.
Pode se dizer que foram quase quatro anos de um “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Porém, para o próximo mandato –, apesar de a reeleição do atual presidente para mais um período de dois anos já estar praticamente definida –, pelo que ecoa nos ambientes políticos locais, o papo terá de ser outro e mais frequente, pois o que se ouve nas rodas de conversa é que Renato vai ter de gastar um pouco mais de tempo com os vereadores, principalmente com os reeleitos, pois dois anos passam rápido, e o sucessor do atual presidente poderá ter pensamentos muito diferentes…
Quem também vai precisar de conversar mais é o chefe do Poder Legislativo. Em 2020 Valdeck Ferreira de Mattos da Silva (PP), somou 4.672 votos, tendo sido o vereador mais votado naquele ano. Agora, mais que dobrou a votação. Foram 10.549, um volume que o deixou bem a vontade para escolher o futuro, mas vai ter que repensar muita coisa se quiser continuar subindo.
Eleito presidente da Câmara desde janeiro de 2022, Valdeck fez muitas mudanças por lá, mas nem só reforma e reestruturação constroem uma boa gestão. É preciso também ouvir os pares, acolher as demandas, pois ninguém é forte sozinho. Pelo que se ouve por lá, a reeleição para o próximo biênio já seria fava contada, mas e depois?