● Elizeu Pires

Quando Washington Reis anunciou a redução da tarifa em vários modais do transporte público ele já sabia que não iria acontecer, pois não tinha estudo econômico algum para isso. Ou melhor, sabia o que queria que acontecesse: sua desautorização pelo governador Claudio Castro, que além de perder ali a grande oportunidade de se livrar do problema que o ex-prefeito de Duque de Caxias representa para o governo do estado, ficou mal com uma parcela da população.
Dias depois veio uma nova jogada para a plateia. Se reuniu com o prefeito da Capital, o preferido de 9 entre cada 10 políticos para concorrer a governador em 2026, e blefou de novo. Ao falar com Eduardo Paes de uma extensão do metrô que não começa a sair do papel antes de 2032, jogou Caxias no meio, quando se sabe que não tem metrô algum planejado para essa cidade.
O que o inelegível Washington Reis vem fazendo é desagregar. Conhecido na Baixada Fluminense como “espalha monte”, pois em qualquer evento que chega os prefeitos da região saem de perto, Reis é figura indesejável no Palacio Guanabara, mas não se sabe por quais cargas d’ água Claudio Castro não o manda embora logo.
Todos nos ambientes políticos sabem que a família Reis não vai apoiar qualquer candidatura de Castro. O senador deles é Flávio Bolsonaro, e mesmo que Claudio Castro decida-se por disputar uma cadeira de deputado não poderá contar com o desagregador trio de Duque de Caxias para nada.
E é ai que as pessoas ficam sem entender nada mesmo e pedem para que não apenas se exonere o secretário de Transporte, mas corte todos os cargos que o trio tem no governo.