● Elizeu Pires
A denúncia apresentada à Justiça contra o prefeito de Mangaratiba, Luiz Claudio de Souza Ribeiro (Republicanos), apontando transferências ilegais de eleitores e compra de votos, teria sido feita a partir de uma armação. Dessa forma, o que teria sido um grande escândalo, com direito a matéria no programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, teria sido forjado para tentar a anulação do pleito – no qual o ex-prefeito Aarão de Moura Brito Neto, foi derrotado com uma diferença de apenas 125 votos – não teria passado de uma farsa.
Pelo menos é o que revela uma testemunha em declaração entregue ontem (31/10) à Justiça Eleitoral. As revelações, de acordo com alguns operadores do Direito, podem derrubar os argumentos acusatórios de que “o pleito (eleição de 2024) restou viciado por fraude ao colégio eleitoral perpetrada por meio de transferências irregulares de eleitores que não residem neste município e, ainda, captação ilícita de sufrágio”, pois, segundo se alegou, eleitores teriam recebido pagamento para votarem em Luiz Claudio.
Pelo que está na declaração formal entregue à Justiça no âmbito do processo nº 0600772-69.2024.6.19.0054, que tramita na 54ª Zona Eleitoral, todas denúncias e gravações apresentadas contra o hoje prefeito, seriam falsas e teriam a finalidade de invalidar os resultados das eleições do ano passado no município.
No documento apresentado a testemunha nega que tenha participado de transferência irregular de títulos eleitorais, e afirma que a história teria sido criada “com fins políticos e econômicos”, destacando ter havido promessa de pagamentos entre R$ 150 mil e R$ 200 mil, em parcelas, que teriam sido entregues shoppings Downtown e Recreio, em em locais em Jardim Botânico, Campo Grande e Fazenda Muriqui.
“A declarante vem, de forma voluntária e consciente, esclarecer à Justiça Eleitoral que todas as alegações, gravações e afirmações feitas em desfavor do atual prefeito eleito de Mangaratiba são absolutamente falsas. Tais informações foram criadas e disseminadas com o único propósito de construir um cenário fictício que visava beneficiar o candidato derrotado nas eleições, senhor Arão, e, ao mesmo tempo, prejudicar o candidato eleito, senhor Luiz Cláudio. A declarante reitera, de maneira firme e categórica, que jamais participou, sozinha ou em conjunto com o prefeito eleito, de qualquer transferência de títulos eleitorais”, diz um trecho do documento.
Na declaração ela disse ainda que “nunca transferiu, nem orientou, nem participou de qualquer tipo de movimentação de títulos eleitorais com objetivo de favorecer candidaturas ou alterar o resultado do pleito de 2024”, que “essa afirmação se comprova pelos próprios resultados eleitorais: a declarante obteve apenas 26 (vinte e seis) votos, todos provenientes de familiares, amigos e pessoas residentes na própria cidade de Mangaratiba”, e que “dessa forma, não há qualquer indício de transferência irregular de títulos eleitorais, seja por iniciativa da declarante, seja em colaboração com o atual prefeito eleito”.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria
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