● Elizeu Pires

Uma planilha com gastos da Secretaria Municipal de Saúde mostra que – entre agosto e setembro -, a Prefeitura de Itaguaí comprometeu mais de R$ 37 milhões com aquisição de medicamentos e insumos, escolhendo para isso quatro empresas sem licitação, optando por aderir atas de registro de preços de consórcios que reúnem cidades do estado de Minas Gerais, em vez de abrir processos licitatórios.
Isso ocorre em um município onde, na semana passada, um menino de 13 anos perdeu a vida por não ter recebido, a tempo, uma dose de soro antiofídico, simplesmente porque o Hospital São Francisco Xavier não tinha o antídoto contra veneno de cobra e teve de apelar para uma unidade de outro município.
Na cidade governada provisoriamente por Rubem Vieira de Souza, o Dr. Rubão, as reclamações sobre a qualidade do atendimento nas unidades da rede municipal de saúde se avolumam, não por culpa dos médicos, pelo que é chamado por lá de má gestão.
De acordo com atos já publicados no diário oficial e os números da planilha de gastos que está passando por um pente fino por parte da Câmara de Vereadores, as aquisições, se executada a totalidade dos objetos contratados, somarão R$ 37.570.418,31, sendo o maior valor destinado à empresa CB Distribuidora, que aparece no documento com duas adesões, uma no valor de R$ 533.686,00 e outra no total de R$ 19.081.197,50.
Na planilha a empresa Green Med Distribuidora e Importadora aparece quatro vezes, com os valores de R$ 133.192,00, R$ 3.665.542,55, R$ 603.934,00 e R$ 1.468.402,30. Tem ainda a empresa Leopharm Hosp, com uma adesão no valor de R$ 5.458.867,56, e a MedSaúde Distribuidora de Medicamento, que aparece com dois valores diferente, R$ 4.286.188,90 e R$ 2.339.407,50.
Porém, apesar do volume das aquisições, há reclamações sobre falta de medicamentos, o que se comprovado exige-se solução imediata.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria
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