Maternidade de Nova Iguaçu é referência na Baixada, enquanto em Queimados não nasce um bebê há anos

Dez por cento dos bebês nascidos na Mariana Bulhões são prematuros – Foto: Divulgação

Registrando uma média de 600 partos por mês, a Maternidade Mariana Bulhões é referência na Baixada Fluminense. Localizada em Nova Iguaçu, recebe gestantes de vários municípios, principalmente de Queimados, onde há anos não nasce uma criança sequer, já que a única maternidade daquela cidade fechou as portas em 2014, por falta de recursos financeiros.

A Casa de Saúde Bom Pastor recebia menos de R$ 3 milhões por ano para realizar 250 partos ao mês, cirurgias, fazer atendimento de urgência e prestar assistência 24 horas, enquanto a Prefeitura de Queimados pagava quatro vezes mais a uma organização social para gerir uma unidade que não opera, não interna, não atende à noite nem nos finais de semana.

Prematuros – A Maternidade Mariana Bulhões é referência também no cuidado aos bebês prematuros. São cerca de 60 por mês, e atualmente, 22 bebês estão internados na UTI Neonatal da maternidade, e entre os dias 18 e 22 de outubro foi realizada na unidade a “Semana da Prematuridade”, com orientação a pais e mães sobre como cuidar de um bebê prematuro.

“A equipe de enfermagem precisa estar sempre capacitada para cuidar deste prematuro com manuseio correto, mantendo o bebê aquecido, assim que possível começar a alimentá-lo, de preferência com leite materno. Cuidar da pele para que não tenha lesões e realizar o método canguru, quando o bebê é colocado em contato pele a pele tanto com o pai quanto com a mãe, estimulando vínculo voltado para o cuidado humanizado”, diz a coordenadora de enfermagem da UTI Neonatal, Delbra da Costa Santos.

Um bebê é considerado prematuro quando nasce abaixo de 37 semanas de idade gestacional e pesando menos de dois quilos. Isso pode ocorrer por diversos fatores relacionados à saúde da gestante.

Durante o debate sobre prematuridade, inúmeras histórias de superação dos recém-nascidos foram relembradas pelos profissionais e pais convidados, como bebês que nasceram com 700 ou 800 gramas, chegaram a ficar internados por seis meses em tratamento intensivo na maternidade e venceram esta etapa sem sequelas. Hoje eles levam uma vida saudável.

“Na maternidade Mariana Bulhões tentamos humanizar todos os processos de trabalho, inclusive os que causam angústia para a família e colaboradores. Vestimos nossos bebês de super-heróis porque são fortes e a luta pela vida é grande. Esses bebês e mães são tratados com todo amor, carinho e dedicação, e existe um esforço coletivo para que todo o lado negativo seja minimizado”, conclui a coordenadora geral de enfermagem, Vanessa Rosa.

Comentários:

  1. Na década de 89 tive um filho que a médica me conhecia bem.com 38 semana tirou o bebê o que aconteceu o pulmão ñ estava maduro nasceu com prematuridade de pulmão enfim sobreviveu hije tem 30 anos e sou muito feliz.

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