A concessionária de serviços de saneamento básico de Niterói, no Rio de Janeiro, poderá captar até R$ 150 milhões, por meio de debêntures incentivadas, para investimentos em saneamento básico. A portaria que autoriza a ação foi publicada na semana passada no Diário Oficial da União (DOU).
As debêntures são um mecanismo importante para a captação de investimentos para obras de infraestrutura”, destaca o secretário de Fomento e Parcerias com o Setor Privado do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Fernando Diniz. “É uma ferramenta que vem sendo utilizada não apenas no saneamento básico, mas também na iluminação pública, irrigação e mobilidade urbana”, completa.
Dos R$ 150 milhões a serem captados pela concessionária Águas de Niterói S.A, R$ 86,27 milhões serão destinados a ações de abastecimento de água e R$ 63,72 milhões, a esgotamento sanitário. As medidas irão beneficiar cerca de 517 mil habitantes do município fluminense.
O projeto na modalidade de abastecimento de água tem como meta manter o índice de cobertura de água tratada em 100% da população urbana e reduzir o percentual de perdas na distribuição de 26% para 25% até dezembro de 2025. Para que essas metas sejam atendidas, estão previstas as seguintes intervenções: padronização de 3.080 ligações de água; substituição de 24.066 hidrômetros; implantação de 578 novas ligações; extensão de 46.653 metros rede de água e substituição de 2.916 metros; reforma de oito reservatórios de água tratada; reforma e implantação de 22 boosters e instalação de 95 novas elevatórias, e ações para controle e redução de perdas.
Esgotamento sanitário – Já na modalidade de esgotamento sanitário, o projeto tem como meta manter 95,55% de cobertura de coleta e tratamento de esgoto da região até dezembro de 2025.
Para isso, as seguintes intervenções estão previstas: implantação de 24.931 metros de rede coletora de esgoto; implantação de 2.500 novas ligações de esgoto, implantação de 4.738 metros de linha de recalque, substituição de 1.165 metros de linha de recalque e de 5.281 metros de rede coletora, implantação de 10 estações elevatórias (EE-1 a EE-10) na região do Badu, e reforma de 37 estações elevatórias; reformas e melhorias em sete unidades de tratamento de esgoto, com intervenções físicas e estruturais, aquisição e modernização de equipamentos mecânicos, otimização dos processos de automação dos sistemas, realização de adequações e ajustes em reatores.