Mais da metade dos cerca de quatro mil acidentados que todos os anos são atendidos na emergência do Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse, não motociclistas ou caronas, uma realidade que preocupa e exige um esforço conjunto. Neste sentido o diretor geral do HGNI, Joé Sestello, se reuniu pela segunda vez com representantes da Segurança Pública e do Trânsito da Baixada Fluminense, polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal; Corpo de Bombeiros e o Detran, para dar prosseguimento a um esquema de trabalho integrado, com a abordagem direta dos condutores, dentro de um programa de conscientização.
“Temos de atuar em conjunto para orientar, educar e se for necessário, reprimir as irregularidades, minimizando os impactos dos acidentes de trânsito. Nos reunimos pela primeira vez em janeiro e voltamos a nos encontrar ontem (13). As ações já estão acontecendo em vários pontos. Fico muito contente em ver as esferas municipal, estadual e federal atuando juntas em prol de um bem maior, pois os números são alarmantes e os acidentes muito graves”, afirma o médico.
Superlotado todos os dias da semana, o Hospital da Posse está sobrecarregado em todos os setores. São problemas demais e dinheiro a menos, o que obriga muitas das vezes a equipe médica improvise para salvar vidas. O repasse do governo federal não é suficiente para manter a unidade e o governo estadual não cumpre com a sua parte. Aí a Prefeitura de Nova Iguaçu fica com a responsabilidade maior, é o ônus pelo fato de o município sediar o maior hospital da região, que atende a 15 municípios e mais as remoções feitas pela Concessionária Nova Dutra, que administra o extenso corredor da Rodovia Presidente Dutra.
Um levantamento divulgado em janeiro pelo diretor Joé Sestello aponta que a quantidade de acidentados aumentou 36% nos últimos dois anos. Em 2018 foram 3.668 pessoas e 55% se feriram em acidentes de motos, a maioria em estado grave.