Prefeitura acredita que serviço melhor poderá ser prestado por uma tarifa bem menor
● Elizeu Pires
Sofrendo com a precariedade do serviço de transporte de passageiros, os moradores de Mangaratiba esperam – sem sucesso – há anos por uma providência do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro) em relação às linhas intermunicipais. Em julho o órgão prometeu que até dezembro faria uma nova licitação, mas ainda não deu um passo sequer nesta direção. Quanto às linhas municipais, a solução encontrada pela Prefeitura é a criação de uma autarquia que, com frota própria, passará a operar entre bairros e distritos, fazendo a ligação com o centro da cidade. Os recursos para isto já estão certos: uma linha de crédito do Banco do Brasil no valor de R$ 5 milhões para a compra dos veículos.
Atualmente o morador de Mangaratiba paga uma tarifa de R$ 4,50. . Os estudos do custo do serviço ainda estão sendo feitos, mas a tarifa pensada hoje pelo governo é de R$ 1,50, não devendo passar de R$ 2,10, caso as análises apontem para uma despesa operacional e de manutenção maior.
A criação do serviço próprio municipal de ônibus já passou pela Câmara de Vereadores, inclusive com autorização para a obtenção do empréstimo junto ao Banco do Brasil.
O município de Mangaratiba é atendido principalmente pela Expresso Recreio, empresa que passou a operar em 2017 nas linhas antes exploradas pela Expresso Mangaratiba. Embora esteja há pouco tempo no município, a Recreio é alvo de reclamações constantes. Tanto que há dois meses, em reunião com o prefeito da cidade, o presidente do Detro, Cleber Ribeiro Afonso, disse que já tinha chamado a empresa para uma reunião para dar esclarecimentos sobre a precariedade na prestação de serviços. Como nada melhorou, essa reunião, se aconteceu, ainda não surtiu efeito.