“Temos R$ 140 milhões em caixa para investimentos. Vamos reformar 30 escolas, terminar seis creches, entregar ruas com saneamento e pavimentação; concluir o viaduto de Comendador Soares e assumir as obras do viaduto de Austin”. A afirmação foi feita ontem (6) pelo prefeito Rogério Lisboa durante a inauguração da Escola Municipal Compactor, que vai atender 173 crianças do bairro Jardim Iguaçu, do ensino infantil ao primeiro ano. “No caso de Austin eu vou pedir o contrato ao governo estadual, pois a Prefeitura vai fazer a obra”, completou ele.
A Escola Municipal Compactor funcionava desde 2011 em um Ciep municipalizado e agora ganhou um prédio novo, com 11 salas para aulas, brinquedoteca, sala de leitura, quadra esportiva, sala de recursos para atender crianças da Educação Especial, sala de vídeo, refeitório e acessibilidades para cadeirantes. “Foram oito anos sem um espaço próprio. Em 2011, a escola fechou e o prédio foi condenado. Eles acabaram indo para um CIEP com um espaço reduzido para o desenvolvimento educacional. Não conseguimos fazer antes porque pegamos uma cidade destruída financeira e moralmente. O nosso funcionalismo público estava com os salários atrasados. Só de salário eram R$ 150 milhões e mais R$ 350 milhões de dívidas com fornecedor. Metade da nossa arrecadação estava comprometida. Agora chegou a hora de investir”, afirmou o prefeito Rogério Lisboa.
Segundo a secretária municipal de Educação, Maria Virgínia Andrade, a previsão é aumentar o número de alunos na escola em 2020. “A previsão é ter mais de 300 alunos estudando aqui no ano que vem. Hoje temos 11 crianças da Educação Especial, mas iremos oferecer mais vagas no próximo ano letivo. Uma escola nova como esta vai melhorar o desempenho dos alunos. Agora elas têm o sentimento do pertencimento, pois sabem que estudam numa escola própria”, comentou.
Mãe da pequena Laura Helena Alencar, de cinco anos, Janaina Silva de Alencar viu a menina e outras três filhas estudarem ao longo dos anos numa sala estreita do Ciep Municipalizado 071. O novo prédio, que tem quatro andares, fez Janaina se emocionar e lembrar de seu passado. “Tenho uma história linda com essa escola, pois eu e meus seis irmãos estudamos nela. No Ciep, os alunos pequenos não tinham motivação para estudar, agora eles estão bastante estimulados. Isso mexeu com a autoestima deles. Antes uma sala era dividida entre duas turmas. Fico emocionada ao saber que minha filha será alfabetizada num espaço novo”, contou.