Tribunal de Contas dá prazo de 10 dias para prefeituras enviarem dados dos gastos sem licitação nas emergenciais do coronavírus

Os prefeitos dos 91 municípios jurisdicionados ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro terão, a partir de agora, prazo máximo de dois dias para enviarem ao órgão os dados sobre as dispensas de licitação feitas sob alegação de emergência em torno dos esforços de enfrentamento da covid-19. As informações terão de ser lançadas no sistema do TCE 48 horas atos de dispensa terem sido homologados. Várias prefeituras estavam sonegando informações a Corte de Contas, que decidiu endurecer com as administrações municipais para garantir mais transparências.

Estima-se que mais de R$ 500 milhões tenham sido empenhados nos últimos dois meses pelas prefeituras fluminenses com as despesas emergenciais, fora os gastos da Prefeitura do Rio, uma vez que o município governado por Marcelo Crivella tem um Tribunal de Contas próprio.

O TCE-RJ identificou em seu sistema “ausência ou sonegação de informações” no abastecimento do seu sistema e vem notificando as prefeituras. Na semana passada, por exemplo, a Corte de Contas apontou quer o município de Duque de Caxias havia gasto, sem licitação R$ 42.973.687,19 nas contratações emergenciais relativas ao combate ao novo coronavírus, sem dar a devida transparência às compras diretas.

A gestão do prefeito Washington Reis não informa qual empresa está fornecendo o quê e muito menos o que está sendo pago por cada item ou serviço contratado. Segundo o TCE, no site oficial do município não tinha sido encontrado, até então, direcionamento para informações referentes às contratações.

Matéria relacionada:

Prefeito de Caxias já gastou mais de R$ 42 milhões nas emergenciais do coronavírus e o Tribunal de Contas quer saber com o quê

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.