Ex-secretário de Conservação do município do Rio, o coronel Marcus Belchior Correa Bento (foto) foi nomeado para o cargo de diretor do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom). Ele será o responsável pela gestão dos recursos arrecadados com a taxa de incêndio.

A nomeação de Belchior surpreendeu muitos oficiais da corporação, porque a escolha se deu um ano depois de ele ter sido citado numa delação premiada feita no âmbito da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro pelo empresário Celso Ramos, que fornecia material para várias empreiteiras com contratos com a Prefeitura. De acordo com a delação, Belchior – que foi secretário de Conservação de 2012 a 2016 – e um assessor teriam recebido R$ 252 mil em propina durante sua gestão na Secretaria de Conservação.

Segundo o delator, quando ele assinou um contrato para conservação de vias públicos, foi procurado por um assessor do coronel e teria sido acertado o pagamento de R$ 2 por cada quilo de pigmento fornecido ao município. Celso Ramos disse ainda em sua colaboração com o Ministério Público Federal, ter sido procurado de pelo próprio então secretario de Conservação, e, ao todo, teriam sido pagos R$ 252 mil a Marcus e a um assessor.