Exatos três meses e 20 dias após a publicação da matéria Saúde de Japeri compra R$ 1,8 milhão em equipamentos de empresa que aparece com apenas R$ 5 mil de capital social na qual o elizeupires.com chamou a atenção para uma emergencial homologada em favor de uma empresa sem sede, localizada em uma residência em Nilópolis, a Polícia Federal realizou na manhã desta terça-feira (6), a Operação Apneuse. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no âmbito do inquérito instaurado para investigar irregularidades na compra de respiradores para o tratamento de pacientes graves de covid-19 pelo total de R$ 1,8 milhão junto à EPN Manutenção e Vendas de Equipamentos Médicos, registrada no Cadastro Nacional de Pessoal Jurídica com capital social de apenas R$ 5 mil, mas que mesmo assim fez duas vendas sem licitação para a Prefeitura de Japeri pelo total e R$ 1,8 milhão, o equivalente junto, 360 vezes o capital da empresa.
A compra de equipamentos foi feita através das dispensas de licitação 009/2020 e 010/2020, a primeira para o fornecimento de R$ 537.400,00 em “bomba infusora e equipos” e a segunda de R$ 1.270.000,00 para a compra de respiradores. Os extratos foram publicados na edição de 5 de junho do diário oficial do município, sem, entretanto, revelarem preço unitário dos equipamentos e a quantidade a ser entregue.
De acordo com o cadastro na Receita Federal a empresa que teve as duas dispensas de licitação homologadas pela secretária Rozilene Souza Moraes dos Anjos em favor da empresa EPN Manutenção e Vendas de Equipamentos está instalada no número 68 da Rua João Farias da Silva, em Nilópolis, onde, na verdade, o que existe é a residência do casal Elvis Policarpo Neto e Allethea Lacerda da Silva Policarpo, que aparece como dono da firma.
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