
Neide Maria Azevedo Barreiro trabalhava como empregada doméstica na casa do vereador Ronaldo Gomes de Souza (foto), mas quem pagava o salário dela não era ele. A despesa ficava para os contribuintes do município de São João da Barra, no Norte Fluminense, uma vez que Neide estava nomeada como assessora.
É o que revela uma investigação do Ministério Público, que realizou ontem a operação Casa Assombrada, na qual o vereador foi preso preventivamente, por ordem do juízo da Vara Criminal do município.
Ontem também foram cumpridos mandados de busca e apreensão. O vereador é acusado do crime de peculato, praticado 46 vezes. Pelo que foi apurado, Ronaldo desviou recursos públicos em proveito próprio, “desde janeiro de 2017 até os dias atuais”. O MP constatou que Neide não exerce qualquer função pública, trabalhando exclusivamente como empregada doméstica na casa do parlamentar.
De acordo com o MP, Neide é “funcionária-fantasma do gabinete há quase quatro anos”, com remuneração de R$ 3.712,19.