De caixa vazio e mal administrado, segundo afirmam seus segurados, o Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Rio Bonito (Iprevirb), não é garantia de nada para os aposentados e pensionistas que dependem do órgão para receberem seus proventos. Pelo menos essa é a opinião de alguns servidores e, de acordo com eles, ninguém sabe a quantas andam as finanças do instituto e qual o tamanho dá dívida da Prefeitura com órgão. Estimativas feitas em janeiro de 2013 apontavam um rombo de R$ 6 milhões desde um parcelamento feito na gestão do prefeito Luiz Alves Antunes, mas como o compromisso não foi honrado e a prefeita Solange de Almeida não tem feito os repasses regulares da contribuição patronal, os servidores ativos não sabem como será o amanhã e os inativos ficam na dependência da Prefeitura para terem no fim de cada mês o que lhes é de direito.
“A falta de transparência dificulta muito as coisas. Não sabemos a realidade financeira do nosso órgão previdenciário, porque nada é feito de forma clara”, diz um servidor da Secretaria de Fazenda quem em 2017 já terá tempo de contribuição suficiente para se aposentar e teme pelo futuro. Para ele, a contabilidade do Iprevirb deveria passar por uma auditoria independente.
Além de não honrar o parcelamento da dívida, apontam servidores, o governo fez mudança na lei que instituiu a previdência municipal para poder nomear quem bem entendesse na administração dos recursos financeiros que são dos funcionários e não da municipalidade. Foram criados 24 cargos de confiança para serem preenchidos por indicados dos poderes Executivo e Legislativo. Com isso a entidade que era administrada por funcionários de carreira escolhidos em eleição direta, passou a ser controladas por indicação política.
No inicio deste mês, por exemplo, a prefeita Solange Almeida nomeou para presidir o órgão o advogado José Antonio Cardoso, conhecido na cidade como Noslem. Em 2013 José Antonio, que é funcionário de carreira da Câmara de Vereadores, foi nomeado para o cargo de diretor financeiro, o que não poderia acontecer, uma vez que, além de sua função efetiva no Legislativo de Rio Bonito, ele ocupava um cargo de confiança na Câmara de Itaboraí naquele ano.