Elizeu Pires
Após o presidente Jair Bolsonaro ter se encontrado neste domingo (14) com a médica cardiologista Ludhmila Hajjar (foto) – a mais cotada para substituir o general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde – seguidores do deputado Luiz Antonio Teixeira Junior, o Dr. Luizinho (foto), que vinha se oferecendo para o cargo, inclusive com notinhas plantadas em veículos de comunicação, passaram a ensaiar uma desculpa: “O deputado foi convidado, mas recusou para não se queimar participando de um governo que não se mostra realmente envolvido no enfrentamento da Covid-19”.
O deputado fez um bom trabalho como secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu e teve uma passagem positiva pela Secretaria Estadual do Rio de Janeiro, mas passou a receber olhar atravessado quando começou a querer controlar o setor em alguns municípios, e também pelo fato de ser apontado por colegas como defensor da entrega de unidades publicas ao controle das organizações sociais, as já manjadas OS.
A ficha só caiu para o grupo do parlamentar com a reunião entre Ludhmila Hajjar e o presidente, e com a declaração de apoio ao nome da médica feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, membro do Progressistas, mesmo partido de Luiz Antonio Teixeira Junior.
Usando sua conta no Twitter, o presidende da Câmara defendeu hoje o nome de Ludhmila para a Saúde. “Coloquei os atributos necessários para o bom desempenho à frente da pandemia: capacidade técnica e de diálogo político com os inúmeros entes federativos e instâncias técnicas. São exatamente as qualidades que enxergo na doutora Ludhmila”, postou ele.
Na verdade, diz um integrante da bancada federal fluminense, soam como forçação de barra as notinhas veiculadas nas quais o nome de Luizinho era o indicado do PP para o Ministério da Saúde, “preferido” que na verdade, diz a fonte, “é um preterido”.