Elizeu Pires
Itatiaia parece estremecida por mais um contrato milionário na área da Saúde, no caso a de uma Organização Social (OS) para gerenciamento do Hospital Municipal Manoel Martins de Barros durante um período de 180 dias pela bagatela de aproximadamente R$ 17 milhões, em nome da Covid 19. Uma dinheirama que é vista na cidade do sul fluminense como uma manobra do prefeito interino Imberê Moreira para se colocar em vantagem no pleito eleitoral previsto para o próximo dia 11 de abril, já que o presidente da Câmara, e atual detentor da “caneta de ouro” de Itatiaia, é um dos candidatos.
Quem também parece estar de olho na farra de Imberê é o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que inclusive teria conseguido frear na Justiça, por enquanto, a escolha da OS, que estava prevista para última terça (23). Há quem diga, inclusive, que o MP teria feito uma “visita” na sede da secretaria municipal de Saúde, no centro, na manhã desta quinta (25), informação que ainda não está confirmada devido a um possível segredo de justiça envolvendo a investigação.
Se a Covid 19 está caindo bem para os contratos de Imberê, ela também parece servir para o governante tentar sensibilizar o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a adiar a eleição suplementar, prevista para o próximo dia 11 de abril. O que postergaria o mandato interino de Imberê e seus contratos fabulosos. No começo de fevereiro, a prefeitura de Itatiaia ingressou com um pedido de suspensão do pleito junto ao TRE, também em nome da Covid 19.