Guapimirim terá de explicar quanto gasta com Ong

Falta de transparência em relação ao contrato da Tesloo será questionada no Ministério Público

A falta de transparência da administração municipal de Guapimirim em relação à renovação de um contrato firmado no ano passado pelo prefeito Renato da Costa Mello Júnior, o Junior do Posto com a Organização Não-Governamental Casa Espírita Tesloo, para fornecimento mão de obra por um ano, comprometendo R$ 34 milhões, poderá resultar em dor de cabeça para o prefeito Marco Aurélio Dias. É que o Ministério Público vai receber essa semana solicitação de abertura de um procedimento para que se esclareça as condições em que a continuidade da Ong na prestação de serviço ao município, como se deu o termo aditivo, quanto o município está gastando com esse contrato e quantas pessoas efetivamente estão trabalhando para a Prefeitura e recebendo pela Tesloo.

O termo aditivo, cuja divulgação não se deu de forma ampla, segundo informações passadas no fim de semana ao elizeupires.com, seria desconhecido até de alguns vereadores, o que, se confirmado, mostra o quanto os membros da Câmara Municipal estão comprometidos com o dever de fiscalizar os gastos do município.

Conforme já foi noticiado, o contrato com a Tesloo foi assinado no dia 5 de janeiro de 2012, com a entidade recebendo R$ 2,9 milhões por mês, pela terceirização dos serviços de 280 funcionários. A divisão desse valor pelos 280 terceirizados dá a média de R$ 10,3 mil por funcionário. Por cada motorista terceirizado, por exemplo, a Tesloo recebia, no ano passado, R$ 13,93 por hora trabalhada, R$ 111,44 por dia, R$ 3.343,20 por mês.