O Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (Ivisa-Rio) confirmou um caso de raiva na Baixada Fluminense na semana passada. A doença, que causou a mortalidade de um cachorro localizado em Duque de Caxias, pode ser transmitida para humanos e a melhor forma de combatê-la é a prevenção. Por isso, Daniela Baccarin, médica-veterinária e gerente de Produtos Pet da MSD Saúde Animal, aborda os principais cuidados para impedir que haja mais ocorrências na região.
Raiva – A doença é infecciosa e considerada uma das zoonoses mais perigosas do mundo pois leva ao óbito praticamente 100% das vítimas. Seu principal meio de contaminação é o contato com a saliva de um animal doente, ocasionado por meio de mordidas, arranhaduras e lambeduras, que leva rapidamente à transmissão do vírus para o sistema nervoso central do corpo, causando inflamação no encéfalo, encefalite e outros danos neurológicos fatais.
Prevenção – De acordo com a profissional, prevenir não tem segredo, já que a melhor forma é a vacinação. “É muito importante que os tutores estejam atentos ao período de vacinar o animal. Algumas cidades, como São João de Meriti, já iniciaram a campanha, mas se não houver campanha na cidade do tutor, é só procurar uma clínica veterinária”, alerta.
Os cães e gatos podem receber a primeira dose de vacina antirrábica a partir de 12 semanas de idade, com reforço anual, segundo as diretrizes de vacinação da World Small Animal Veterinary Association (WSAVA). “Apesar disso, é considerável a consulta com um especialista para fazer a utilização do medicamento de acordo com o perfil do cão ou gato, que pode variar por diferentes fatores, como, por exemplo, a região em que o animal mora”, aconselha Daniela.
Outro ponto básico é que o proprietário realize visitas periódicas ao veterinário, pois pode ajudar a identificar com antecedência doenças irreconhecíveis nos animais.
Diagnóstico – Os primeiros sintomas identificáveis da enfermidade no pet ou no humano são mal-estar geral, aumento da temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia. “É importante que o diagnóstico correto seja realizado por um profissional. Só ele poderá realizar o exame e confirmar o caso, bem como indicar os cuidados adequados”, reforça a especialista.
A raiva não tem cura e sua evolução é muito rápida. Por isso é preciso seguir a dica mais importante da veterinária: a vacinação antirrábica, que protegerá os pets e também os humanos. “Vale lembrar que, mantendo o cachorro ou o felino vacinado, você está protegendo não só o animal, mas também todas as pessoas, evitando a disseminação da raiva na comunidade”, finaliza Daniela.