Queimados: Repasses constitucionais aumentaram em relação ao ano passado, mas pessoal da rede de Saúde reclama de atraso nos salários

● Elizeu Pires

Na visão de alguns observadores o prefeito Glauco Kaizer parece perdido – Foto: Reprodução

O município de Queimados, na Baixada Fluminense, fora recursos de eventuais emendas e os repasses mensais do Fundo Nacional de Saúde, recebeu mais de R$ 90 milhões em transferências constitucionais entre 1º de janeiro e 30 de junho, quase R$ 18 milhões a mais que o volume recebido em igual período no ano passado, mas ainda assim profissionais contratados para atuarem na rede de saúde, principalmente os do hospital-maternidade, reclamam de atrasos nos salários que deveriam receber pontualmente a cada mês.

Há seis meses no cargo, o prefeito Glauco Kaizer, de acordo com algumas lideranças comunitárias locais, “ainda não começou a mostrar a que veio e parece estar perdido”. “Para ser considerada ruim”, pontuam alguns observadores, “a gestão teria de melhorar muito”. Enquanto o prefeito não se encontra, as coisas estariam só piorando.

Transferências maiores – Se nos dois primeiros meses de mandato o prefeito tinha como desculpa “problemas herdados da administração anterior”, não vai poder dizer que está governando com menos dinheiro que seu antecessor, pois os registros do Demonstrativo de Distribuição de Arrecadação do Banco do Brasil mostram que a receita em repasses constitucionais no primeiro semestre de 2021 foi bem superior a registrada nos primeiros seis meses de 2020. De acordo com os registros, as transferências somaram até ontem (30) R$ 90.404.294,17. Foram R$ 14.802.233,24 em janeiro, R$ 16.641.607,67 em fevereiro, R$ 14.198.632,63 em março, R$ 14.078.783,46 em abril, R$ 15.588.917,41 em maio e R$ 15.094.119,76 em junho.

Quando comparada ao total repassado ao município de Queimados no primeiro semestre deste ano, a soma das transferências constitucionais nos primeiros seis meses de 2020 apresenta uma diferença de R$ 17.959.325,35 a menor. O repasse de janeiro do ano passado foi de R$ 12.356.834,60 e subiu para R$ 15.410.524,77 no mês seguinte, caindo para R$ 11.798.114,05 em março, somando R$ 10.510.780,75 em abril, baixando para R$ 9.290.701,08 e maio e chegando a R$ 13.078.013,57 em junho.

O total recebido pela Prefeitura de Queimado nos primeiros seis meses de 2021 também supera a soma verificada no segundo semestre do ano passado, quando as transferências constitucionais ficaram em R$ 86,4 milhões, sendo R$ 16.098.374,04 em julho, R$ 13.481.945,55, 14.131.262,35 em setembro, R$ 11.894.029,92 em outubro, R$ 13.612.570,66 em novembro e R$ 17.249.839,25 em dezembro.

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