Sem licitação é mais caro em Paty: Prefeitura decide pagar R$ 1,3 milhão a mais pela manutenção da iluminação pública feita por empresa de Caxias

● Elizeu Pires

Ao que tudo indica a empresa Hashimoto Manutenção Elétrica e Comércio deve ser a melhor empresa do ramo a atuar no estado do Rio de Janeiro, tal é o seu avanço pelos municípios, sendo contratada pelas prefeituras até sem ser necessário participar de um processo licitatório, como aconteceu nas cidades de Cabo Frio e Casimiro de Abreu, e mais recentemente, em Campos, no Norte Fluminense, com a administração municipal abrindo mão de um contrato ainda em vigor e mais barato, para entregar a manutenção do sistema de iluminação pública à empresa sediada em Duque de Caxias, onde tem contratos e aditivos que somam mais de R$ 200 milhões desde fevereiro de 2017.

Um dos contratos sem licitação assinados pela Hashimoto este ano for firmado em Paty do Alferes, com a Prefeitura comandada pelo prefeito Eurico Pinheiro Bernardes Neto, o Juninho Bernardes, quase que triplicando os gastos com iluminação pública, sem que, segundo algumas lideranças locais, o serviço tivesse alcançado melhoria significativa. O contrato é o 105/2021, com valor global de R$ 2.208.983,94, feito por adesão de ata de registro de preços da Prefeitura de Miguel Pereira.

Preço menor ignorado – Assim como aconteceu em Campos, onde a Prefeitura rescindiu unilateralmente um contrato de cerca de R$ 8 milhões para contratar a Hashimoto por R$ 10,8 milhões, aderindo uma ata de Duque de Caxias, a gestão do prefeito Juninho Bernardes ignorou uma proposta mais em conta para entregar o serviço a ela.

Isso ocorreu em 2019, quando a Comissão Permanente de Licitação da Prefeitura de Paty do Alferes desabilitou na tomada de preços feita para contratar a manutenção da rede de iluminação da cidade a empresa Vitória Luz, que se propunha a prestar o serviço durante um ano, pelo recebimento total de R$ 632.636,00, e a opção pela Hashimoto custou R$ 243.267,76 mais caro aos cofres da municipalidade, pois a tomada de preços da qual a empresa de Duque de Caxias foi declarada vencedora gerou o contrato 153/2019, ao custo total de R$ 875.903,76.

Esse contrato foi renovado no ano passado e este ano fiou prorrogado por mais dois meses, para que desse tempo de ser concluído o processo administrativo que, sem licitação, elevou o preço dos serviços prestados pela Hashimoto em R$ 1.333.080,18.

Ao todo consta que desde a assinatura do contrato 153 a empresa já recebeu R$ 4,447 milhões dos cofres públicos de Paty do Alferes, sendo R$ 782.164,43 em 2019, R$ 868.656,14 em 2020 e R$ 2.796.405,45 este ano.

O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Paty do Alferes.

Matéria relacionada:

Prefeitura de Paty do Alferes escolhe pagar mais caro pelo serviço de iluminação pública contratando a mesma empresa de Caxias

PF vê superfaturamento no contrato da iluminação em Cabo Frio

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.