Lojas de varejo oferecem ar-condicionado a preço bem menor que o contratado no atacado pela Prefeitura de Tanguá

● Elizeu Pires

Quem procurou por um ar-condicionado modelo Split, de 18 mil BTUs, 220v, da marca Agratto nos sites das redes de varejo no fim de semana pode comprar o aparelho por menos de R$ 2.500,00, bem mais em conta que contratado, no atacado, pela Prefeitura de Tanguá, pequena cidade do estado do Rio de Janeiro. O modelo está sendo ofertado a R$ 2.137,50 na Americanas, R$ 2.249,10 no Magazine Luiza e por R$ 2.287,12 na Casa Bahia, o que pode ser conferido aqui.

Os preços oferecidos pelas três redes de varejo estão bem abaixo dos R$ 2.911,00 que a gestão do prefeito Rodrigo Medeiros pretende pagar por cada um dos 344 aparelhos adquiridos da JR Brasil Comércio e Serviços, que tem como atividade econômica principal a instalação de painéis publicitários.

De acordo com a Ata de Registro de Preços 07/2022 homologada em janeiro, a Secretaria Municipal de Educação contratou a compra pelo total de R$ 1.001.384,00, mas vai pagar para a mesma empresa mais R$ 175.956,00 pela instalação dos aparelhos, um custo de R$ 511,50 por ar-condicionado. Além dos condicionadores de ar, foram comprados da empresa 38 bebedouros, ao preço total de R$ 135.764,50.

A aquisição dos aparelhos de ar-condicionado não é a primeira compra feita no atacado pela Prefeitura de Tanguá a preço superior ao praticado no varejo. Conforme foi revelado na matéria No atacado sai mais caro em Tanguá: Computador adquirido pela Prefeitura por R$ 3.704 é oferecido a R$ 2.700 em rede varejista, veiculada no 7 de janeiro, foram adquiridos – também através da Secretaria de Educação – 527 notebooks de 11ª geração produzido pela Dell Technologies, por R$ 3.704, cada um, quando o mesmo modelo era encontrado naquele mês na rede de lojas Magazine Luiza ao valor promocional de R$ 2.699,10 para pagamento a vista, com o preço cheio de varejo a R$ 3.299, o máximo cobrado fora da promoção.

Por ocasião da primeira matéria gente do governo foi para as redes sociais tentando dar uma explicação, alegando que as grandes redes não vendem para o poder público. Ocorre que quem vende no varejo compro bem mais barato no atacado e por isso mesmo pode oferecer preços competitivos.

*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Tanguá.

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