Para onde está indo o dinheiro de Macaé?

O médico Aluizio dos Santos Junior, mesmo com muito dinheiro, não estaria sabendo cuidar da saúde da população

Apesar da receita alta moradores reclamam que tem faltado medicamentos

Referência em atendimento médico na região, o Hospital Público Municipal de Macaé, o HPM tão procurado por moradores de municípios vizinhos, não é mais o mesmo. Pelo menos é o que sugerem reclamações de parentes de pacientes, dando conta de que estariam sendo obrigados a comprar materiais básicos, fraldas e até alguns itens de medicamentos, o que não teria a menor necessidade de acontecer, pois a arrecadação da Prefeitura continua alta, apesar da crise financeira que afeta a maioria das cidades brasileiras. De acordo com registros da própria administração municipal, até ontem o volume de recursos arrecadados a partir de janeiro, somava exatos R$ 1.209.831.477,98, mais da metade da previsão orçamentária para 2016, que ficou em R$ 2.08 bilhões.

As reclamações são confirmadas por servidores e negadas pelo governo, que pode reclamar de tudo, menos de falta de recursos financeiros, pois enquanto as prefeituras vizinhas registram queda de até 50% na arrecadação, o município de Macaé não perdeu quase nada em comparação com as demais cidades. Em 2015, por exemplo, um péssimo ano para todos os municípios da região, Macaé perdeu cerca de 6% em relação ao efetivamente arrecadado no ano anterior, quando a receita consolidada foi de R$ 2.298.200.615,57. Ao todo, entre o dia 1º de janeiro de 2013 até o final do expediente de ontem, o prefeito Aluizio dos Santos Junior, o Dr. Aluizio, teve mais de R$ 7.8 bilhões para administrar. Foram R$ 2.072.550.011,01 em 2013, R$ 2.298.200.615,57 em 2014, R$ 2.224.270.401,54 no ano passado e R$ 1.209.831.477,98, nos primeiros sete meses deste ano, muito dinheiro para uma cidade que, segundo o IBGE, tem menos de 250 mil habitantes.

Além das reclamações de falta de medicamentos e itens básicos, servidores também confirmam que em julho algumas cirurgias tiveram de ser adiadas porque nem luvas tinham para trabalhar.

 

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