Reforma de Aluizio só atinge os pequenos

Em sua estranha matemática Aluizio dos Santos Junior vai sacrificar os menores em favor dos maiores

Prefeito de Macaé quer extinguir 1.500 cargos comissionados e reduzir número de secretarias, mas vai manter um grupo de privilegiados com salários de até R$ 12 mil

A reforma administrativa anunciada pelo prefeito Aluizio dos Santos Junior e que deverá ser votada no final deste mês pela Câmara de Vereadores não vai afetar o seleto grupo de aliados do prefeito. O corte de mais de 1,5 mil cargos comissionados pequenos, ocupados por pessoas que realmente trabalham e dependem do salário para viver, vai garantir a sobrevivência do chamado primeiro time – formado por 336 privilegiados entre secretários, secretários adjuntos e assessores especiais – que vai custar cerca de R$ 30 milhões por ano. Na realidade, Aluizio decidiu, por exemplo, sacrificar os de menor salário para manter 231 assessores de nível especial, com vencimento médio de R$ 5.717,17.

Os cortes do prefeito foram enviados à Câmara no início deste mês, mas um grupo de parlamentares está criando dificuldade. Entendem alguns vereadores que Aluizio poderia fazer as exonerações por decreto e nem precisava extinguir os cargos, mas quer transferir a responsabilidade das demissões para a Câmara, para dizer depois que fez os cortes porque existe uma lei aprovada no Poder Legislativo neste sentido.

Na reforma que Aluizio pretende implantar a partir do dia 1 de janeiro de 2017 será mandada embora gente que ganha até R$ 2,5 mil por mês e mantidas 43 pessoas com salário de R$ 12,2 mil, outras 62 ganhando R$ 9,5 mil e 231 com vencimento de R$ 5,7 mil.

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