Operação da Polícia Federal prende ex-ministro da Educação pelo qual o presidente Bolsonaro disse que poria a cara no fogo

● Elizeu Pires

Em operação na manhã desta quarta-feira (22), a Polícia Federal prendeu ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro (foto), denunciado no caso do “Gabinete Paralelo” no MEC, no qual um grupo de pastores negociavam a liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para os municípios, mediante a cobrança de propina disfarçada de “doação de bíblias”. Pastor presbiteriano, Ribeiro foi localizado em Santos e será levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

A Operação Acesso Pago foi autorizada pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, que emitiu 13 mandados de busca e apreensão, e outras quatro de prisão nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. A operação acontece no âmbito de inquérito que apura supostos crimes de corrupção passiva, prevaricação. advocacia administrativa e tráfico de influência.

De acordo com a Polícia Federal, “foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas”. As investigações da Polícia Federal foram iniciadas a partir de um relatório da Controladoria Geral da União (CGU), que iniciou suas operações em agosto do ano passado.

Foi apurado que um grupo de pastores atuavam no Ministério da Educação, onde se reunião com prefeitos na intermediação da liberação de recursos. Pelo que foi apurado, o esquema envolvia até mesmo a compra de bíblias, nas quais os prefeitos que aceitassem fazer o pagamento teriam suas fotos, assim como a do hoje ex-ministro.

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