Ministro justificou a ausência por problemas de saúde
● Elizeu Pires
Marcado para sessão desta terça-feira (28), com julgamento definido pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, o processo com o embargo que há mais de um ano vem retardando a execução de uma sentença de sete anos e dois meses de prisão em regime semiaberto contra o ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, foi retirado de pauta pelo ministro Kássio Nunes. A alegação é de que o ministro Gilmar Mendes (foto) havia faltado por problemas de saúde.
A ausência de Gilmar acabou beneficiando o político, que precisa ganhar tempo para poder concorrer nas eleições deste ano. Nos bastidores o comentário é de que a defesa de Reis se esforça para protelar ao máximo, uma vez que o embargo não tem o condão de alterar a sentença, que foi confirmada no dia 16 de março do ano passado. O recurso do ex-prefeito era para ter sido julgado em maio de 2021, mas o ministro Kássio Nunes pediu vistas e depois apresentou pedido de destaque.
Reis foi condenado em dezembro de 2016 e desde então vem conseguindo postergar a execução da sentença. Em novembro de 2020, por exemplo, o ministro Gilmar Mendes concedeu uma liminar suspendendo o efeito da condenação para que o político pudesse ser declarado vencedor das eleições daquele ano. Essa liminar foi derrubada pelo próprio Gilmar, decisão que resultou no embargo que vem se arrastando.