
Funcionários do RH dizem que folha da Educação sequer tinha sido enviada ao setor
Embora o prefeito Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (PMDB) tivesse prometido quitar na última sexta-feira o salário de janeiro de todos os servidores – ativos e inativos -, a folha de pagamento do pessoal lotado na rede municipal de ensino de Belford Roxo não havia sido enviada ao departamento de Recursos Humanos até o final do expediente daquele dia. A informação foi passada agora a pouco ao elizeupires.com por uma fonte ligada ao governo. Se confirmada ao longo desta segunda-feira, a declaração desmente a fala do prefeito de que o pagamento dos professores tinha sido autorizado, bem como a informação de que a quitação fora realmente autorizada ao banco pagador oficial e que em alguns casos poderia haver um retardo para (sábado, 28) ou no máximo o dia de hoje (30), “não porque o pagamento não tivesse sido liberado pela administração municipal, mas por problemas operacionais bancários”.
Embora os professores sejam os que mais barulho fazem quanto ao atraso dos salários, o pessoal do setor de Saúde são os que se encontram em situação mais difícil. Alguns não recebem desde agosto, enquanto os professores cobram os meses de novembro, dezembro e o décimo terceiro. No caso do pessoal lotado na rede de atendimento médico há o agravante de que os contratados temporários, segundo o próprio prefeito já deixou claro, terão de abrir processo administrativo para pedir o pagamento dos atrasados, assim com os ocupantes de cargos comissionados na gestão do prefeito Dennis Dauttmam, que só pagou a um grupo seleto de assessores. Esses processos acabam indo parar no arquivo com um carimbo muito comum: “indeferido”.
Os professores estão se sentindo desrespeitados pelo governo municipal em seus direitos e poderão entrar em greve, retardando o início das aulas. A categoria ainda não deliberou sobre a proposta de Waguinho para o pagamento dos atrasados. Na verdade, o plano de pagamento sequer pode ser chamado de proposta, mas sim de imposição, já que o prefeito anunciou que se a categoria não concordar ele vai à Justiça provar que o seu é o único jeito de resolver a situação, pois a Prefeitura não tem dinheiro para pagar tudo de uma vez.
A “proposta” do prefeito prevê que os atrasados deverão ser pagos entre fevereiro e outubro, junto com o vencimento de cada mês, sendo duas parcelas em fevereiro junto com o salário do mês e oito parcelas nos meses seguintes, com contracheque de abril acrescido do pagamento das férias.
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