● Elizeu Pires
Pelo menos uma das cinco empresas que integram o Consórcio Prohealth – contratado pela Prefeitura de Duque de Caxias para prestar serviços médicos de média e baixa complexidade em três unidades hospitalares da rede municipal de Saúde – está entre as sociedades empresariais que atuariam nos hospitais de campanha na base das emergências que acabaram se convertendo no grande escândalo verificado na gestão do então governador Wilson Witzel, que teve o mandato cassado pela Assembleia Legislativa.
De acordo com uma planilha anexada em denúncia feita pelo Ministério Público Federal na 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro em 2020 contra o ex-governador, o empresário Mário Peixoto e outros envolvidos, a Hera Serviços Médicos se encarregaria de fornecer médicos aos hospitais de campanha como subcontratada do Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (IABAS), que foi contratado pela Secretaria Estadual de Saúde por R$ 836 milhões. Pelo que está na planilha a Hera receberia R$ 133,3 milhões.
Conforme foi revelado ontem (19) pelo elizeupires.com , o consórcio – foi contratado por R$ 47,8 milhões para 12 meses de prestação de serviços – é formado pelas empresas Hygea Gestão & Saúde, Deltamed Serviços de Apoio à Saúde, Prohealth, Hera Serviços Médicos e Medprime Clinica Gestão e Saúde. Três dessas cinco empresas (Hygea, Prohealth e Hera Serviços) – são administradas pelo médico e empresário Thiago Gayer Madureira, que aparece na Receita Federal como dono outras cinco firmas associadas às três.
Além de aparecer na planilha anexada na denúncia do MPF sobre o escândalo na saúde no governo Witzel, a Hera Serviços Médicos foi denunciada junto com a Hygea ao Ministério Público do estado do Paraná janeiro deste ano. A representação feita pela vereadora Joce Canto (PSC) apontou possíveis fraudes em processos licitatórios realizados para prestação de serviços na Unidade de Pronto Atendimento Santana e no Hospital Municipal Amadeu Puppi, unidades da rede de Saúde do município de Ponta Grossa.
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