● Elizeu Pires
O município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, está a 49,3 quilômetros do bairro Barreto, em Niterói, mas é lá que a Secretaria Municipal de Saúde estaria pretendendo armazenar os medicamentos e correlatos comprados para abastecer suas unidades. Pelo menos é isso que aponta a contratação da PVAX Consultoria e Logística, que tem como sede um galpão localizado no número 25 da Rua Monsenhor Raeder, naquele bairro.
A empresa foi escolhida através de uma dispensa de licitação – sob alegação de emergência – autorizada pelo secretário Luiz Carlos Nobre Cavalcanti, único responsável pelo ato publicado numa edição extraordinária do diário oficial do município, datada de 14 de janeiro, e o dinheiro a ser usado para pagar pelos serviços sairá do Fundo Municipal de Saúde, do qual o secretário é ordenador de despesas.
Como a Secretaria Municipal de Saúde sempre usou como depósito de medicamentos e materiais de consumo um prédio localizado no bairro K-11, bem próximo ao centro da cidade, ninguém entendeu até agora a escolha – que se deu sem licitação – de uma empresa localizada nos limites de Niterói com São Gonçalo para prestação dos “serviços continuados e permanentes de gerenciamento pleno de toda cadeia de suprimentos de saúde, incluindo armazenamento, controle de estoque e acondicionamento em ambiente próprio, seco e refrigerado, distribuição através de frota própria e monitorada em tempo real”, pelo valor global de R$ 5.315.040,81 a ser pago em seis meses.
Registrada no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) sob o número 12.117.414/0001-84, a PVAX tem como atividade econômica principal operação de transporte multimodal, e não aparece no sistema com nenhum outro endereço além do número 25 da Rua Monsenhor Raeder, no bairro Barreto.
*O espaço está aberto para manifestação do secretário de Saúde de Nova Iguaçu