Justiça deverá ser a chave para abrir “caixa-preta” que guarda as contas da Câmara de Vereadores de Meriti

● Elizeu Pires

Miltinho, ao que parece, não sabe o significado da palavra da transparência

No comando da Casa desde 1 de janeiro deste ano, o presidente da Câmara de Vereadores de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Amilton Machado Domingues (PP), mais conhecido como Miltinho (PP), teve um início de gestão farto em recursos.

Foram três repasses de aproximadamente R$ 2,3 milhões em janeiro, fevereiro e março, e um de cerca de R$ 1,5 milhão em abril, por causa da redução de receita, mas não dá para saber como o dinheiro público está sendo gasto, uma vez que transparência parece ser coisa desconhecida para Miltinho.

Quem acessa o site oficial da Câmara buscando pelos demonstrativos contábeis, por exemplo, até encontra uma pasta correspondente ao exercício de 2023, mas quem abre, não encontra um registro sequer.

No site da Câmara até existe uma pasta referente a 2023, mas sem informações

É como se o presidente da Casa entendesse que não precisar dar satisfação a ninguém, esquecendo que os recursos por ele geridos são públicos e os números precisam estar disponíveis de forma clara ao controle social garantido ao cidadão por força de lei.

Como a presidência da Casa não dá transparência aos gastos, uma representação deverá ser encaminhada nos próximos dias ao Ministério Público, para que o órgão apure as responsabilidades e cobre na Justiça a abertura da “caixa-preta” das contas da Câmara Municipal.

*O espaço está aberto para manifestação da Câmara Municipal de São João de Meriti

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