Servidora envolvida no escândalo dos registros falsos sobre vacinação foi nomeada por Washington Reis em maio de 2021

● Elizeu Pires

Segundo apurou a Polícia Federal, a inserção de dados falsos de vacinação contra convid-19 no Sistema de Saúde para gerar certificados em nome do então presidente Jair Bolsonaro e pessoas ao seu entorno, foi feita pelo secretário de Governo de Duque de Caxias, João Carlos Brecha, preso na operação de ontem (3), e quem apagou os registros na tentativa de evitar que fraude fosse descoberta foi Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva.

Ainda pelo que foi apurado, foi usado o nome da técnica de enfermagem Silvana de Oliveira Pereira, que aparece como a profissional que “aplicou” a segunda dose da vacina Pfizer em Bolsonaro no dia 14 de outubro de 2022. Silvana esclareceu que na época estava lotada na Unidade Pré-Hospitalar do bairro Pilar, não no Centro Municipal de Saúde, onde, segundo consta no registro fraudado, o hoje ex-presidente teria sido imunizado.

Com a matrícula: 40.587-6, Cláudia Helena foi nomeada no dia 19 de maio de 2021 para exercer o cargo em comissão Chefe da Divisão de Informática e Informação em Saúde, por meio da Portaria 1933, com efeito retroativo a 3 de maio, assinada pelo prefeito Washington Reis.

Claudia Helena foi ouvida ontem na sede da Polícia Federal no Rio. De acordo com as investigações, os foram inseridos para serem validados e pudessem ser usados para viagens ao exterior, mas, alegando erro, ela excluiu os dados.

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