Comissão criada pela Câmara Federal irá visitar obras que estão inacabadas em todo o país. Queimados e Petrópolis foram os primeiros municípios visitados no Rio
Os deputados federais Max Lemos e Marcos Tavares (ambos do PDT-RJ) realizaram, nesta sexta-feira (26), missão oficial nos municípios de Queimados, na Baixada Fluminense, e Petrópolis, na Região Serrana, com o objetivo de realizar um relatório detalhado de obras paralisadas nas duas cidades. Os parlamentares são membros da comissão externa da Câmara dos Deputados criada para acompanhar, monitorar e buscar soluções para a conclusão de obras públicas com recursos federais que se encontram paralisadas e inacabadas em todo o país, presidida pela deputada Flávia Morais (PDT-GO).
Em Queimados, a vistoria foi realizada nas obras das 1200 unidades habitacionais do conjunto residencial Dona Ivone, situado no bairro Vila São João. Objeto do programa Minha Casa Minha Vida, as obras estão paralisadas há mais de 7 anos. Com a descontinuidade do governo federal no tocante a programas de habitação popular, a construção erguida no local está com mais de 70% das obras concluídas.
“Esta obra é de suma importância para a população deste município. Para se ter uma ideia, o sorteio das famílias beneficiadas foi realizado há mais de 5 anos, ou seja, aproximadamente 5 mil pessoas aguardam suas residências. Já enviamos ofício cobrando providências e já foi respondido positivamente pelo Ministro das Cidades, Jader Filho. As obras devem ser retomadas ainda este ano”, anunciou o deputado Max Lemos.
Em Petrópolis, a comissão vistoriou obras de construção de uma nova pista de subida da Serra de Petrópolis, que teve início em 2013 e está parada desde julho de 2016 por indícios de superfaturamento e sobrepreço no orçamento, além problemas nos projetos básico e executivo.
“Vimos pontes e viadutos que não levam a lugar nenhum e túnel com acesso fechado. Foram milhões investidos, um desperdício de dinheiro público. A comissão fará um relatório completo e irá sugerir que sejam avaliadas as atuais estruturas, que sejam apurados os gastos feitos e que seja feita uma nova licitação para a retomada das obras”, concluiu Max Lemos.