Projeto de restauração está sendo analisado pelo Iphan
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) está analisando o projeto de restauração da Fazenda São Bernardino, uma construção de 1875 integrada ao patrimônio do município de Nova Iguaçu após vários anos de disputa judicial. A proposta é transformar a área em parque público, tendo a casa grande como sede, funcionando como uma espécie de centro cultural. Com uma área de 16 mil m², a fazenda foi tombada em 1951, mas nunca foi tratada como monumento histórico nem cuidada pelo poder público, sendo alvo de saques, depredação e teve boa parte da edificação principal destruída por um incêndio, em 1980.
Segundo o prefeito Rogério Lisboa, a posse da propriedade foi entregue ao município em outubro e logo em seguida um projeto de restauração da fazenda foi encaminhado ao Iphan. “É uma fazenda muito antiga e é um símbolo da cidade. Então fizemos questão de ter a posse legal para poder mexer, porque ela estava se deteriorando. A gente encaminhou os projetos para o Iphan, do que a gente tem desejo de fazer e agora precisa ver o que vai ser aprovado. Nós queremos restaurar a fachada, na parte do casarão, depois mexer na parte da senzala e a partir daí fazer um espaço de visitação”, disse o prefeito.
Ainda segundo o prefeito, o município vai buscar parceiros públicos e privados assim que o Iphan der a palavra final, o que poderá acontecer este ano. “A Prefeitura vai entrar com uma parte, mas a restauração é muito cara. Vamos buscar junto ao Ministério da Cultura, vamos atrás de incentivos fiscais para ver se alguma empresa tem interesse em fazer o aporte financeiro para fazer a restauração da fazenda. A gente vai começar a buscar parceiros a partir do momento em que estiver com a autorização do Iphan. Isso demora, mas vamos trabalhar pra ver se dentro desse ano agora a gente consegue fazer”, completa Lisboa.
A proposta é reconstruir toda estrutura física da Fazenda São Bernardino, que está localizada na Estrada Federal de Tinguá, na zona rural de Nova Iguaçu. A casa grande foi construída em estilo neoclássico e no espaço foram edificados engenhos de açúcar e mandioca, contava ainda com senzalas, cavalariças e garagem para carruagens.