O campeonato da vergonha: Caxias, Nova Iguaçu, Queimados e Nilópolis disputam o título de pior município em Saúde no estado

● Elizeu Pires

Além do fato de terem entregue o setor de saúde ao controle de OSs, cooperativas e já manjadas empresas fornecedoras de mão de obra que normalmente atrasam salários e ignoram direitos trabalhistas, os municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Queimados, compartilham as últimas posições em documento do Ministério da Saúde referente ao primeiro quadrimestre de 2023, chamado por quem atua no setor de o “ranking da vergonha”.  

De acordo com dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), quatro cidades da Baixada Fluminense ficaram entre os últimos colocados nos primeiros quatro meses deste ano, com o município de Seropédica aparecendo com a melhor colocação entre as cidades da região e listada em 18º lugar entre os 92 municípios do estado do Rio de Janeiro, seguido por Mesquita (20º) e Belford Roxo (27º).

O penúltimo município do documento é Nilópolis (91º), que sai perdendo no campeonato da vergonha para Cambuci (92º), pequena cidade do Norte Fluminense. Segundo os registros, Duque de Caxias é 83º colocado, seguido de Nova Iguaçu (84º) e Queimados 87º).

Setor dominado por OSs e cooperativas – A rede municipal de Saúde de Duque de Caxias é dominada por empresas de terceirização de mão de obra, com contratos que passam de R$ 700 milhões. Lá operam as empresas como a Gaia Service Tech Tecnologia e Serviços, e Vitae Gestão em Saúde, entre outras de menor porte, sobre as quais são constantes as reclamações de atraso nos salários dos profissionais por elas alocados.

Em Nova Iguaçu, que se encontra no vergonho 84º lugar, o setor é administrado, pelo menos no papel, pelo secretário Luiz Carlos Nobre Cavalcanti, indicado ao cargo pelo deputado Luiz Antonio Teixeira Junior, o Dr. Luizinho, e que já entrou para história como o homem que entregou unidades de grande, médio e pequeno portes à organizações como Instituto de Desenvolvimento Ensino e Assistência à Saúde (IDEAS) e o Instituto de Medicina e Projeto (IMP) – que passou a ser chamado de “OS sem dono” – sem licitação,

Já em Queimados – onde segundo moradores para a coisa ser considerada ruim tem que melhorar muito – o prefeito Glauco Kaizer entregou a gestão do hospital-maternidade à “OS sem dono” e manteve o Instituto Se Liga na administração do Centro de Tratamento Especializado de Hipertensão e Diabetes (Cethid)

*O espaço está aberto para manifestação dos municípios citados na matéria

Documento relacionado:

Dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.