● Elizeu Pires

A julgar pelo volume de dinheiro que a Prefeitura de Queimados está propondo gastar com recuperação e manutenção de vias sem pavimentação, esse município da Baixada Fluminense deve ter pouquíssimas vias asfaltadas ou uma zona rural pungente, com propriedades altamente produtivas, com potencial suficiente para aquecer a economia local. Só que não.

Está chamando a atenção dos que acompanham as contratações da administração do prefeito Glauco Kaizer (Solidariedade), a escolha da empresa Pavion do Brasil Nanon Tecnologia para fazer a recuperação e manutenção das estradas sem pavimentação, pelo valor global de R$ 23.952.420,00, total homologado em ata de registro de preços com validade de um ano.

Pelo que está no documento, a empresa, que consta como sediada em Brasília, vai cuidar de 399.270 metros quadrados de vias, e é exatamente isso que está chamando a atenção dos observadores mais atentos a detalhes, pois o volume registrado na ata representa cerca de 400 mil metros quadrados, o que corresponderia a cerca de 65,5 quilômetros quadrados (considerando a largura mínima de seis metros estabelecida para pista de rolamento pela Lei 1.934, de 2009) e o município tem uma extensão territorial de pouco mais de 75 quilômetros quadrados.

*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Queimados