Exército entrega blindados para as polícias do Rio

Seis veículos especiais vão ser usados nas operações de risco

O Gabinete de Intervenção Federal (GIF) entregou na manhã de ontem (28) para a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro seis veículos blindados e sete de apoio e manutenção. Três dos blindados são do modelo Urutu, que reforçarão a frota do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar. Eles foram usados na missão de paz da Organização das Nações Unidas no Haiti, liderada pelo Brasil, e foram repotencializados e adaptados para o uso urbano. Também receberam a pintura preta e adesivos do batalhão. Os outros três blindados são do modelo ‘caveirão’. Eles já pertenciam à corporação e foram recuperados pelo Exército, passando por revisão mecânica, elétrica e hidráulica, substituição de peças, engrenagens e vidros blindados, além do pneu, que passa a ser de borracha sólida. Os veículos voltam a integrar a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil.

O Exército também vai oferecer os motoristas para os blindados, enquanto durar a intervenção, além de quatro caminhões-oficina, duas viaturas de socorro e uma de lubrificação, para fazer a manutenção dos blindados. De acordo com o porta-voz do GIF, coronel Roberto Itamar, esses são os primeiros veículos que passam a reforçar a  segurança pública. “Outros passos serão dados, outros reforços virão, viaturas estão sendo adquiridas também para serem entregues. Em breve a frota das polícias Militar e Civil poderá ser renovada, repotencializada e reforçada para que possam melhor atuar nos seus trabalhos de segurança pública”.

Sobre o reforço das Forças Armadas no patrulhamento nas ruas, anunciado na segunda-feira (26), o coronel Itamar destacou que faz parte das ações emergenciais da intervenção e não representa uma mudança de estratégia. “O policiamento é uma ação prevista como emergencial, ela já vinha sendo inclusive realizada em parceria com a Polícia Militar na Vila Kennedy [na zona oeste], por exemplo. Agora ela foi estendida a outros pontos da cidade, devido à solicitação de reforço pelas situações que vêm ocorrendo. Mas o policiamento faz parte da estratégia, não houve uma modificação de estratégias, em termos de intervenção federal, apenas mais uma ação emergencial que já vinha sendo executada e agora está sendo utilizada em outros pontos da cidade”.

De acordo com ele, o patrulhamento fixo não tem se mostrado eficiente, por isso está sendo feito de forma dinâmica. “Quando [o policiamento] é realizado por muito tempo em um determinado local, ele permite que outras ações sejam realizadas distante daquele local. Então a técnica que está sendo utilizada é a de movimento, de dinamismo, para que os pontos sejam ocupados por um pequeno espaço de tempo e se troque de posição”.

(Com a Agência Brasil)

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