A receita da Prefeitura local supera a de municípios com universo populacional bem maior
● Elizeu Pires
Eleito em pleito suplementar realizado em junho de 2018 e reeleito em 2020, o prefeito de Rio das Ostras, Marcelino Dias Borba, o Marcelino da Farmácia, entrou no seu último ano de mandato, e, a julgar pelo que se ouve na cidade, vai sair da Prefeitura sem deixar saudade.
As queixas são de falta de grandes realizações, de precariedade nos serviços públicos, e de uma rede de saúde que registra péssimo atendimento, incluindo no pacote falta de médicos e medicamentos, segundo reclamam por lá. A Prefeitura não oferece, por exemplo, o serviço de hemodiálise, o que obriga os pacientes a se locomoverem para outros municípios, realidade que a administração municipal não admite, mas afeta a muitas pessoas.
Com cerca de 160 mil habitantes, Rio das Ostras tem uma receita que supera a de cidades com até o dobro de moradores. No ano passado, para se ter uma ideia, o município arrecadou R$ 1.068 bilhão, enquanto Magé, transformado em um canteiro de obras pela administração e com a rede de saúde prestando atendimento aprovado pela população, arrecadou cerca de R$ 900 milhões.
Questionado por falta de ações efetivas, o prefeito Marcelino da Farmácia não pode justificar a inércia de sua gestão e o emperramento da máquina administrativa alegando falta de recursos financeiros, pois dinheiro a Prefeitura tem.
De acordo com o que registra documentos oficiais, de julho de 2018 (quando o primeiro mandato de Marcelino teve início) a dezembro de 2023 o município de Rio das Ostras arrecadou mais de R$ 4,5 bilhões, soma das receitas correntes. Foram R$ 334,4 milhões no segundo semestre de 2018, R$ 637,8 milhões no ano seguinte, e R$ 628,9 milhões em 2020. Em 2021 a soma foi de R$ 826,3 milhões e o total de 2022 chegou a R$ 1.049 bilhão, com as receitas correntes somando exatamente R$ 1.068.790.991,40 no exercício de 2023.
*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Rio das Ostras
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