O governo do estado liberou R$ 11,9 milhões para as obras, mas, porém, entretanto…
● Elizeu Pires
Nas maquetes digitais está tudo muito bonito, mas como o virtual – o próprio termo já diz – remete ao que um dia possa vir a acontecer -, os moradores de Três Rios, município do interior do estado do Rio de Janeiro, querem saber quando o tão propagado Hospital da Mulher, que seria entregue no mês passado, vai ser transformado em realidade, já que a maior parte dos recursos necessários foi liberada em 2022 pelo governo estadual.
Disposto a tentar a reeleição, o prefeito Joacir Barbaglio, o Joa, vem sendo muito criticado pelo atraso de uma obra que inicialmente estava orçada em R$ 19,9 milhões e hoje está R$ 3,1 milhões mais cara, e não aparenta o menor sinal de que ficará pronta este ano, pois o que se vê por lá é só um esqueleto.
Recurso garantido – O município pleiteou junto à Secretaria Estadual de Saúde a ampliação e reforma da unidade. Para tirar o projeto do papel o governo do estado assumiu os custos e, em 5 de julho de 2022 transferiu R$ 11.997.883,90 ao município, o correspondente a 60% de um valor global orçado em R$ 19.996.473,20. O corre que o contrato de execução das obras só foi assinado sete meses depois.
Trata-se do contrato 018, firmado em 6 de março de 2023 com a empresa MPE Engenharia e Serviços, no valor total de R$ 19.996.072,40, que recebeu um prazo de cinco meses para concluir os serviços, não entregou o hospital e ainda sim teve o global contratado elevado a R$ 23.132.841,25, com um termo aditivo de 15,69% – um acréscimo de R$ 3.136.768,85 – autorizado pela gestão de Joa em 1º de novembro de 2023, com previsão de término para abril deste ano.
Embora o objeto contratado seja a “reforma e ampliação do Hospital Regional da Mulher de Três Rios”, trata-se mesmo é de construção de um novo prédio, pois a Clínica de Repouso da Boa União que funcionava no terreno foi demolida.
