Serviço de limpeza vem sendo prestado na base da emergência, empresa responsável já faturou cerca de R$ 5,6 milhões este ano e a Prefeitura não disponibiliza o contrato no Portal da Transparência
Passados exatos seis meses e 15 dias desde a veiculação da matéria Itatiaia esconde a verdade sobre o contrato da coleta de lixo, veiculada no dia 3 de maio, o segredo sobre o assunto continua no município. O prefeito Eduardo Guedes da Silva, o Dudu, chegou marcar uma licitação para agosto de 2017, mas erros no edital levaram o Tribunal de Contas do Estado a adiar o certame. Isto acabou beneficiando a responsável pela limpeza, a Rio Zin Ambiental, que continua faturando através de uma “emergência” que vem perdurando, sem que fique claro quanto está sendo pago por cada tonelada de lixo recolhido na cidade, quantos equipamentos são usados e o número de trabalhadores envolvidos, pois o contrato não está disponibilizado no Portal da Transparência como determina a lei, onde também não é encontrado aviso sobre possível data para a concorrência.
O serviço de limpeza urbana em Itatiaia está a cargo do grupo Locanty, agora através da Rio Zin Ambiental, que vem firmando contratos emergenciais em alguns municípios, os mais recentes em Rio Claro e Mangaratiba. É na cidade da Costa Verde que a empresa tem o seu maior faturamento com coleta de lixo. Lá foi feito em outubro um contrato de 180 dias ao custo global de mais de R$ 11 milhões, estendendo a já longa atuação do grupo em Mangaratiba pelo menos até março de 2019.
Ato todo, o sistema da Prefeitura que registra as despesas com fornecedores e prestadores de serviços computa este ano 18 transferências em favor da Rio Zin Ambiental, pagamentos que somam R$ 5.590.279,31. Pelo que está no sistema a última transferência foi feita no dia 26 de outubro, no valor de R$ 311.203,51.