Projeto das “cidades-esponja”,  ganha apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado do Rio de Janeiro (CAU-RJ) manifestou apoio ao Projeto de Lei 3.350/24, do deputado estadual Andrezinho Ceciliano (PT), que propõe a adoção de mecanismos sustentáveis de gestão da água da chuva para controle de enchentes e alagamentos. Na última  quarta (7), Andrezinho esteve na sede do CAU acompanhado do professor doutor em Planejamento Urbano e Regional pela UFRJ, Mauro Osório.

“É muito importante planejar o futuro das cidades, que é onde a vida das pessoas acontece. Viemos aqui tanto para debater o nosso projeto de lei, mas também para discutir o planejamento urbano de toda região metropolitana”, explicou o Andrezinho ao lado do presidente, que reforçou a importância da articulação do conselho com o parlamento fluminense.

O projeto do deputado Andrezinho Ceciliano foi apelidado como “cidades-esponja” em referência ao conceito de inspiração chinesa que já foi implementado em cidades como Nova York, nos Estados Unidos, Bangcoc, na Tailândia e Roterdã, na Holanda, além de outras 16 na própria China.

Em ofício encaminhado ao parlamentar, o presidente do CAU-RJ, Sidney Dias Menezes, destacou que o projeto de lei do Andrezinho foi proposto de forma “rápida e acertada”. “O texto foi protocolado logo após tragédia ocorrida no Estado do Rio Grande do Sul em abril deste ano. Estamos à disposição para colaborar com o processo legislativo, esclarecendo, debatendo e dirimindo eventuais dúvidas que surjam ao longo da tramitação”, pontuou.

A tragédia no Rio Grande do Sul trouxe a pauta para o debate nacional, mas quase dois meses antes, no dia 22 de fevereiro, a cidade de Paracambi, na Baixada Fluminense, enfrentou chuvas que, resguardadas as proporções, também causaram grandes estragos. Ao todo, 200 pessoas ficaram desabrigadas e o Governo Federal interveio para aplicar recursos na recuperação da cidade.

Paracambiense, Andrezinho explicou que os rios da cidade não estavam sendo dragados, o que potencializou os estragos das chuvas. “Eu recebi mensagens de pessoas que estavam com a casa tomada pela água, vídeos de carros praticamente submersos. A dragagem dos rios é uma das medidas preventivas de curto prazo, mas as mudanças climáticas exigem uma adaptação mais estrutural das cidades, por isso protocolei o projeto”, explicou.

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