O político é acusado de ficar com parte dos valores pagos a título de verbas rescisórias a assessores exonerados
● Elizeu Pires
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, tornou vã a última tentativa de voltar ao cargo feita pelo vereador afastado da Câmara de Mesquita, Saint Clair Esperança Passos, o Sancler Nininho (foto), que desde outubro de 2022 está proibido de entrar na Casa. Zanin rejeitou o embargo regimental impetrado pela defesa do político, denunciado à Justiça pelo Ministério Público, sob a acusação de liderar uma organização criminosa que teria sido montada na Casa no período em que ele a presidia.
Ele recorreu ao STF depois que 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, rejeitou habeas corpus impetrado em favor dele. O afastamento de Nininho se deu no âmbito de processo no qual é acusado de liderar um esquema de corrupção na Câmara Municipal. Entre as denúncias apresentadas contra o político ele é acusado de comandar um suposto esquema de “rachadinha”, que, segundo o Ministério Público, envolve mais sete pessoas – a maioria funcionários comissionados da Câmara -, entre elas um cunhado de Nininho.
Em junho de 2022 a 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial do Núcleo Nova Iguaçu representou na Justiça contra ele, o apontando como líder de uma organização criminosa que teria se instalado na Câmara de Mesquita. Nesa ocasião o MP chegou a pedir, além do afastamento do mandato de vereador e da função de presidente da Câmara, a prisão preventiva do político.
Apesar do escândalo gerado pela descoberta do esquema da “rachadinha” atribuído à ele, Sancler é novamente candidato a vereador, agora pelo PL.