
Embora tenha recebido dos cofres municipais R$ 66,2 milhões (confira aqui) entre janeiro de 2017 e junho deste ano, a Rio Zin Ambiental não pagou os salários nem os direitos trabalhistas. Pelo menos é disso que estão reclamando os garis que atuavam na coleta de lixo em Mangaratiba, contratados pela empresa que vinha operando com contratos emergenciais, pois há mais de dois anos um processo licitatório para a prestação dos serviços de limpeza urbana vem se arrastando. Revoltados com a situação os trabalhadores fizeram uma manifestação pacífica, impedindo o tráfego dos caminhões da PDCA Ambiental, agora à serviço da Prefeitura.
A Rio Zin Ambiental vem sendo sucedida em vários municípios pela Atitude Assessoria Ambiental, firma ligada a um grupo que opera há anos em Mangaratiba, onde começou com a Locanty, depois com a Própria Ambiental, até a chegada da Rio Zin, que só este ano recebeu da Prefeitura cerca de R$ 12 milhões por um contrato emergencial. Ao todo a empresa recebeu R$ 28.359.378,78 em 2017, R$ 25.964.190,43 em 2018 e R$ 11.975.465,99 este ano.
De acordo com a Prefeitura, a administração municipal não tem nada a ver com a situação verificada entre a empresa e os trabalhadores, pois já repassou à Rio Zin todos os valores relativos ao último contrato. Essa não é o primeiro protesto que o grupo enfrenta. As empresas é responde a centenas de ações na Justiça do Trabalho pelos mesmos motivos em cidades diferentes.
O espaço está aberto para qualquer manifestação. Com a palavra a empresa reclamada pelos trabalhadores.
(Imagem: Reprodução/Jornal de Mangaratiba)