Prefeito de Resende poderia ter barateado a taxa de iluminação pública em vez de aumentar, indica documento

Os moradores de Resende podem estar pagando uma taxa de iluminação pública (CIP) superior ao necessário para o custeio do serviço. É o que indicam os números de uma planilha comparativa entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, apresentados no ofício nº 167, do último dia 22 março, enviado pelo prefeito Diogo Balieiro Diniz à Câmara Municipal. O documento comprova que as primeiras lâmpadas de led instaladas nos postes de iluminação pública trouxeram uma redução mensal de quase R$ 39 mil, o que equivale a quase 10%. Este percentual, no entanto, deverá chegar a 40% segundo estimativa  da própria Prefeitura, fazendo com que a conta fique aproximadamente R$ 160 mil mais barata.                

Parte desta economia poderia ser convertida em redução da CIP. Mas, ao que tudo indica, Balieiro não estaria disposto a aliviar a barra dos contribuintes, uma vez que, no apagar das luzes de 2017, o governante tratou de arrochar ainda mais o orçamento das famílias ao promover o aumento taxa, com a aprovação do projeto de lei 022/2017, por parte da maioria dos vereadores.

A justificativa seria que a arrecadação da CIP sairia de um déficit de R$ 60 mil para um superávit de R$ 60 mil. A administração municipal, no entanto, parece ter se esquecido de colocar na conta a economia das lâmpadas de led, que deverá aumentar o superávit da CIP para R$ 220 mil mensais aproximadamente, cerca de R$ 2,6 milhões por ano, caso se confirmem as projeções.

Como se não bastasse ficarem “chupando dedo” na hora de usufruírem a economia proporcionada com as novas luminárias, os contribuintes da cidade do Sul Fluminense ainda terão que arcar nos próximos anos com o ônus de empréstimos bancários considerados faraônicos, que totalizam R$ 32 milhões, adquiridos por Balieiro, dos quais R$ 6 milhões foram usados para a compra das quase R$ 12 mil lâmpadas de led, que possivelmente não trarão qualquer economia ao bolso dos contribuintes.

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