O Bilhete Único Intermunicipal (BUI) atingiu, na última quinta-feira (7), a marca de 1 milhão e meio de usuários beneficiados nos últimos dois anos. A política pública oferece desconto na integração dos modos de transporte e, somente no primeiro semestre de 2025, possibilitou 143 milhões de transações com o benefício concedido pelo governo do estado, por meio da Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram). “Esta é uma política pública fundamental para apoiar a população de mais baixa renda em seus deslocamentos, e também para o setor produtivo. Ela é uma espécie de transferência de renda indireta, que beneficia os que mais utilizam os transportes públicos, e traz alívio no orçamento por reduzir o custo diário de mobilidade”, afirma o governador Cláudio Castro.
O BUI viabilizou, desde sua criação, em 2010, mais de 4,6 bilhões de viagens com desconto para a população mais vulnerável, estimulando a empregabilidade e as políticas de incentivo à economia. Desde 2023, o limite de renda para acessar o benefício, estabelecido por decisão judicial, passou a ser de R$ 3.205,20, mantendo o atendimento à população de mais baixa renda.
Em 2011, o Banco Mundial chegou a demonstrar interesse em difundir em outras partes do mundo o conceito e a tecnologia usados no sistema, servindo como uma ferramenta de fusão entre diferentes modais de transporte e permitindo uma logística de integração equilibrada. “O Bilhete Único Intermunicipal é um dos mais importantes projetos de integração tarifária do país e uma política já consolidada no estado, atuante em 20 cidades. Há 15 anos, a iniciativa faz a diferença no dia a dia do trabalhador, reduzindo o custo das famílias fluminenses com o transporte público, além de ter uma contribuição significativa nas políticas de inclusão social”, destacou a secretária de Transporte e Mobilidade Urbana, Priscila Sakalem.
Como funciona – Com o Bilhete Único Intermunicipal, é possível utilizar até dois meios de transporte, sendo um deles obrigatoriamente intermunicipal, no período de três horas, pagando o valor máximo de R$ 8,55. A diferença entre o valor pago pelo usuário e o custo real dos transportes escolhidos no deslocamento é subsidiada pelo governo estadual. Isso significa que, se o passageiro embarcar num ônibus intermunicipal com tarifa a R$ 17,95, depois pegar um ônibus municipal, BRT ou VLT, com o custo de R$ 4,70, ele pagará somente R$ 8,55, ao invés de R$ 22,65, já que a diferença é custeada pelo Estado. Nesse caso, a economia para o bolso do usuário é de cerca de R$ 620,00 por mês com o uso do BUI, considerando 22 viagens no período (ida e volta).
Cidades atendidas – Atualmente, o benefício abrange 20 cidades do estado. Além da capital, os passageiros também podem usufruir do benefício em Itaguaí, Seropédica, Paracambi, Japeri, Queimados, Mesquita, Nilópolis, São João de Meriti, Belford Roxo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Magé, São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, Maricá, Tanguá, Guapimirim e Mangaratiba.
O BUI é válido em todos os meios de transporte: barcas, metrô, trem, ônibus municipais e intermunicipais, vans intermunicipais legalizadas, BRT e VLT, podendo ser utilizado duas vezes ao dia, com intervalo de uma hora. Em julho, a Setram assinou um acordo de cooperação com a Secretaria Municipal de Transporte do Rio (SMTR), garantindo o funcionamento do BUI para as integrações com os modos de transporte municipais, após a implementação do sistema de bilhetagem escolhido pelo município.
