
Cinco pessoas, entre elas o promotor de Justiça Flávio Bonazza de Assis, foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro através da Subprocuradoria-geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos. O grupo, do qual apenas o promotor teve o nome divulgado pelo MP, é citado como envolvido em esquema de pagamento de propinas por empresas de transporte. A acusação, ajuizada no Órgão Especial do Tribunal de Justiça, é de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, práticas ocorridas entre junho de 2014 e março de 2016.
O processo 0073963-75.2019.8.19.0000 é resultado da Operação Ponto Final, através da qual o MP enquadrou empresários de ônibus, dirigentes da Fetranspor e agentes públicos pelos crimes de corrupção ativa e passiva, crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro.
Já aposentado, o promotor que atuava na Tutela Coletiva da Cidadania da capital, [e acusado de ter recebido propina mensal de R$ 60 mil, paga por empresários do setor de transporte de passageiros.
A operação contra o esquema de corrupção foi feita 2017, levando à prisão o então presidente da Fetranspor, o empresário Lélis Teixeira, e o ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro), Rogério Onofre.
A defesa do promotor alega a inocência e diz tratar-se de “acusações vazias e criminosas de um delator sem escrúpulos”.