Prefeitura tirou item de consulta do Portal da Transparência na noite de ontem, voltou hoje com nova data no documento e consertou depois
Na noite de ontem (20), em pleno feriado, após a repercussão da matéria Prefeita cassada de Silva Jardim não precisou esperar muito para receber: interino mandou pagar mais de R$ 70 mil a ela, a Prefeitura retirou do Portal da Transparência, na aba Gestão de Pessoal, o item “servidores/empregados ativos”, que conduzia ao link onde o documento usado na matéria estava postado (confira aqui). Isto se deu depois de o prefeito interino Jaime Figueiredo ter classificado a matéria como “mentirosa” e prometido que daria uma resposta, o que não aconteceu até agora.
Nesta quinta-feira, em nova consulta ao portal, foi constatado o retorno do item, e na busca feita através dele o documento referente ao pagamento feito à ex-prefeita apareceu com se tivesse ocorrido em setembro, sendo que o mês de referencia é outubro, folha de pagamento que começou a ser quitada no dia 7 desde mês. Uma hora depois, como pode ser visto aqui, o mês referência voltou a ser outubro, até porque, o pagamento feito em setembro a então prefeita Maria Dalva Silva do Nascimento, a Cilene, somou R$ 19.174,08, documento que o elizeupires.com mantém em seus arquivos para confrontação futura, caso seja necessário.
Mostrando-se irritado com a notícia do pagamento à ex-prefeita enquanto centenas de pessoas ainda aguardam o pagamento de suas verbas rescisórias, o prefeito Jaime Figueiredo optou por desqualificar a informação a explicar o fato.
Conforme já foi noticiado, a ex-prefeita, que está menos de um mês fora do cargo, recebeu R$ 70.349,06 líquidos, conta fechada a partir de um salário base de R$ 25.712,50. Ela reconheceu o recebimento e em nota divulgada através de sua rede social, disse não concordar “com esse pagamento fora de hora”, mas não informou se ela mesma se pagou ou se quitação foi feita na gestão do prefeito interino, responsável pelo pagamento da folha de pessoal do mês de outubro.
A notícia sobre o pagamento provocou um verdadeiro alvoroço na cidade, com pessoas demitidas reclamando que não conseguem receber suas verbas rescisórias, com alguns esperando pela quitação há mais de dois anos.
